O Encontro com o "Outro"
Como proposta de atividade dos coordenadores do projeto, venho, neste espaço, dedicar atenção ao filme “Xingu”, tecendo o conteúdo da obra com comentários fundamentados na observância do diálogo entre indivíduos de culturas divergentes.
Filme: Xingu
Ano: 2012
Diretor: Cao Hamburger
O filme retrata a história dos irmãos Villas Bôas – Leonardo, Cláudio e Orlando – na Expedição Roncador-Xingu, a qual tinha como objetivo percorrer terras não exploradas até então, no ano de 1943. É de suma importância destacar que neste tempo o Governo brasileiro preocupava-se com o desenvolvimento nacional, isto é, com o progresso de transportes, construções etc. Enfoque esse que não dava o necessário espaço para a proteção ao índio, além de que não contribuía para a valorização da cultura e identidade desses seres.
Nesse contexto, os irmãos e as demais pessoas envolvidas na Expedição tiveram uma comunicação saudável com as tribos indígenas, de modo que construíram uma postura protetora referente a elas. Assim, mesmo enfrentando obstáculos, Villas Bôas defendiam a cultura e a linhagem dos índios – inferiorizados por grande parte das pessoas –, conseguindo, por consequência, fundar em 1961 o Parque Nacional do Xingu, com o objetivo de protegê-los do contato forçoso “civilizador” do homem branco e preservar o modo de vida das tribos.
Fica claro que, no momento em que duas ou mais culturas se cruzaram, houve a opção de respeitarem-se mutuamente ou menosprezarem-se. Como resultado de um encontro humanizado, alguns escolheram respeitar-se, tomando atitudes empáticas em relação às particularidades dos grupos. Destarte, este filme instiga a repensarmos a maneira pela qual olhamos para o próximo, para sua cultura e identidade; e, levando para o cenário educacional, estimula-nos a observarmos o nosso trato com inúmeros alunos, os quais portam culturas e histórias diversas.
Baseados nessa perspectiva, vejamos como se dá o contato de culturas diferentes em “Xingu”:
Dessa forma, é fato que o choque de culturas é grandioso neste filme. Sendo o índio desvalorizado socialmente, a cultura do homem branco sobrepõe-se com brutalidade à cultura indígena. Mas há aquelas pessoas que lutam empaticamente pela sobrevivência e preservação daquilo que constitui um grupo humano. Assim, o respeito é fundamental para a convivência entre os homens, ainda que a cultura de um soe distinta para outro. Esse substantivo – Respeito – é a base para lidar com toda a população humana, especialmente aqui na circunstância escolar.
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