Reunião 24/02/21
No dia 24 de fevereiro de 2021, retornamos com as reuniões do Pibid após o recesso universitário. Demos, assim, prosseguimento com as discussões sobre a contribuição da Etnografia com a abordagem do professor em sala de aula. Para tanto, foram expostas reflexões sobre o encontro de culturas presente no filme “Xingu” e sua relação com princípios e noções que norteiam o trabalho de um professor pesquisador – o qual lida diariamente com alunos inseridos em diversos contextos.
Com relação ao filme, ele instiga-nos a repensar a maneira pela qual olhamos para o próximo, para sua cultura e identidade; e, levando para o cenário educacional, estimula-nos a observar o nosso trato com inúmeros alunos, os quais possuem singularidades que evidentemente precisam ser levadas em consideração. Nessa perspectiva, em razão de preocupar-se com a descrição do modo de viver de um determinado grupo, a Etnografia – deslocada para a Educação/Linguística Aplicada –, fornece uma apurada análise de princípios e noções que colaboram para uma postura mais humanizada e significativa de um profissional da educação. Postura essa que pretendo explicar a seguir.
O educador, indivíduo ideológico, necessita ponderar sobre suas expectativas perante o seu trabalho e o aporte que este traz para a educação e para a vida de seus alunos. Assim, ele deve desconstruir pensamentos negativos e acreditar nos bons resultados que a trajetória de sua profissão proporciona e pode proporcionar, pois um profissional descrente da importância de sua função gera descrença nos próprios discentes que conduz. Lembrando que conduzir não significa ter uma relação hierárquica prejudicial no ambiente escolar, mas sim ter uma relação que construa um caminho pelo qual o aluno possa ter acesso a uma educação de qualidade. Cabe ao professor, então, examinar os acontecimentos que envolvem a sala de aula e respeitar a identidade de cada educando, a fim de que seja construída uma boa convivência entre docente e aluno – ainda que a cultura de um soe distinta para o outro.
Dessa forma, finalizo as anotações deste dia com as seguintes perguntas: Como estão nossas escolas no tocante ao respeito? Existe uma boa relação entre professor e aluno? O professor atenta-se para os costumes específicos de sua sala de aula? A individualidade dos alunos é levada em conta? O professor, de fato, tem espaço para trabalhar assuntos característicos com cada grupo de alunos que cruza seu percurso? São perguntas que merecem habitar dentro do coração dos profissionais da educação, para que edifiquemos – por meio de falhas e acertos – um local com respeito e com educação de qualidade para nossos jovens.
Leia, também, minha publicação sobre o filme “Xingu”: O Encontro com o "Outro" (kissyapibid.blogspot.com)
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